A exposição, criada a partir do filme Retratos de identificação (Anita Leandro, 2014), é composta de instalações sonoras e fotografias relacionadas à prisão de quatro pessoas, uma delas assassinada sob interrogatório e duas outras banidas do território nacional. Presos juntos, em 21 de novembro de 1969, no Rio de Janeiro, Antônio Roberto Espinosa e Maria Auxiliadora Lara Barcellos contam como oficiais e suboficiais do I Exército mataram Chael Charles Schreier, depois de uma noite de violentas torturas no DOPS e na PE da Vila Militar. Trocado pelo embaixador suíço Enrico Bucher, Reinaldo Guarany fala dos anos de exílio, sem documentos, e do suicídio de Maria Auxiliadora em Berlim, em 1976. Pela primeira vez, foi mostrado um conjunto de fotografias do DOPS da Guanabara, hoje sob a guarda do Arquivo Público do Estado do Rio
de Janeiro. São retratos de identificação policial de presos políticos, fotografados em diferentes situações: atos de prisão, tortura, exames de corpo de delito e processos de banimento. Agora, essa documentação ressurge como prova de crimes e atos violentos perpetrados pelas forças armadas e pela polícia civil contra os prisioneiros. O projeto é fruto da parceira entre
a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
e a Comissão de Anistia, por meio do projeto "Marcas da Memória", da Comissão de Anistia, teve por objetivo dar apoio às iniciativas de memorialização produzidas pela sociedade civil
e agregar à política estatal de reparação um processo de reflexão e aprendizado coletivo, fomentando ações locais, regionais e nacionais que permitam a emergeÌ‚ncia de olhares plurais sobre o passado.
SERVIÇOS
Produção executiva
Produção museográfica
Fotografia
PRODUTOS
Exposição CCJF - RJ
PATROCÍNIO
Fundação Rui Barbosa
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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